domingo, maio 19

- ENSINAMENTOS -




"Há uma tribo africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa
para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante
dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas que
ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um
ser bom, cada um de nós desejando segurança, amor, paz,
felicidade.
Mas, às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros.
A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro.
Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua
verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até
que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se
desconectado temporariamente: 'Eu sou bom'.
Sawabona Shikoba!
SAWABONA, é um cumprimento usado na África do Sul e quer
dizer:
'EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO,
VOCÊ É IMPORTANTE PARA MIM'.
Em resposta, as pessoas dizem SHIKOBA, que é:
'ENTÃO, EU EXISTO PARA VOCÊ'."

segunda-feira, maio 13

- É ASSIM QUE TE QUERO -





É assim que te quero, amor, assim, amor, é que eu gosto de ti, tal como te vestes e como arranjas os cabelos e como a tua boca sorri, ágil como a água da fonte sobre as pedras puras, é assim que te quero, amada.
 Ao pão não peço que me ensine, mas antes que não me falte em cada dia que passa. Da luz nada sei, nem donde vem nem para onde vai, apenas quero que a luz alumie, e também não peço à noite explicações, espero-a e envolve-me, e assim tu pão e luz e sombra és. 
Chegastes à minha vida com o que trazias, feita de luz e pão e sombra, eu te esperava, e é assim que preciso de ti, assim que te amo, e os que amanhã quiserem ouvir o que não lhes direi, que o leiam aqui e retrocedam hoje porque é cedo para tais argumentos. Amanhã dar-lhes-emos apenas uma folha da árvore do nosso amor, uma folha que há de cair sobre a terra como se a tivessem produzido os nossos lábios, como um beijo caído das nossas alturas invencíveis para mostrar o fogo e a ternura de um amor verdadeiro.
- Pablo Neruda -

- A ALEGRIA NA TRISTEZA -






O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
Martha Medeiros -

sábado, maio 11

- HOMENAGEM ÀS MAMÃES -


Filho, por José Saramago!


Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. 
Isto mesmo ! 



Ser pai ou mãe é o maior ato de 
coragem que alguém pode ter, 
porque é se expor a todo tipo de dor,
principalmente da incerteza de estar
agindo corretamente e do medo de 
perder algo tão amado. 
Perder? 
Como? 
Não é nosso, recordam-se? 
Foi apenas um empréstimo.
- José Saramago -


sexta-feira, maio 10

- GENTE QUE EU GOSTO -

















Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos
olhos e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. 
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens, poeira; e escuta.
Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim... e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta! 
FELICIDADES!
Arthur da Távola -

sábado, maio 4

- O TAMANHO DE UMA PESSOA -





Como se mede uma pessoa?
Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma...

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho...

Seja sensível... ame e compreenda o outro e fortaleça os laços de amizade!
Martha Medeiros -